terça-feira, 19 de agosto de 2014

Montepio também está falido?


Não acredito! O que se passa no Montepio não tem nenhuma comparação com os casos que abalaram a nossa praça financeira como o BPN, o BPP, o BCP, o Banif e finalmente o pior deles todos, o BES, pois os montantes envolvidos neste caso são muito baixos relativamente aos referidos anteriormente. O Fundo de Participação Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) foi criado em 2013, com o valor de 200 milhões de euros, com o objetivo de ajudar a reforçar o capital do banco comercial do grupo mutualista. Este foi altamente contestado na altura por parte dos quadros do grupo, pois, pela primeira vez nos 170 anos de história, a Associação Mutualista deixou de ser detentora de 100% do capital da CEMG, sendo que o Montepio Geral é uma instituição mutualista com gestão “sui géneris sem qualquer semelhança noutra instituição bancária em Portugal. Portanto, as investigações em curso, têm a ver mais com um caso de polícia e não de uma possível falência da instituição, já que, a forma de gerir este banco não é a clássica, que pode levar os banqueiros ao nepotismo e à corrupção institucionalizada e muito conhecida ultimamente na nossa praça, mas mais de uma instituição bancária cooperativa. É pena que em Portugal não existam mais instituições bancárias do género em que os acionistas cooperantes poderiam vir a ser constituídos pelos sindicatos, as associações patronais ou mesmo os partidos políticos, como já acontece em alguns casos em muitos países evoluídos do mundo.

© - 2014 – José Ferreira Bomtempo

1 comentário:

Hugo Paiva disse...

Recentemente quando fui abrir a conta titulos no Montepio, a funcionaria impingiu-me o FPCEMG, como não sou fã de produtos obscuros com pouca informação, disse que não tava interessado. Mais tarde fui pesquisar sobre o mesmo e informei-me que ao deter este Fundo não teria participação no capital do Montepio, nem receberia nenhum rendimento.
O que sei é que desde que foi lançado na bolsa os seus detentores têm prejuízo.