quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

BANANAS - CONTO COMPLETO

          Sabem o que são bananas? Claro que sabem o que são bananas. São aqueles frutos maravilhosos de cor amarela que se criam em cachos e se vendem nas frutarias e nos supermercados, mais propriamente na secção dos frutos tropicais, ricos em potássio, energéticos, devido à sua riqueza em nutrientes e que por isso os desportistas adicionam à sua dieta. Só têm um inconveniente. Não são produzidos no nosso país, a não ser nas ilhas adjacentes e como tal têm de ser importadas para o continente.
Sabem o que é uma guerra? Claro que sabem! A humanidade está desde sempre em guerra e ela entra-nos a todo o momento nas nossas casas por via das notícias que recebemos seja pela televisão ou pela internet ou outro meio de comunicação social. A guerra, infelizmente, parece ser o desporto favorito dos seres humanos, já que, quase todas as civilizações conhecidas foram edificadas recorrendo a esse flagelo.
Há uma guerra que marcou significativamente a humanidade, tendo em conta as consequências que ficaram para a sua história. Essa guerra foi a que começou no ano de mil novecentos e trinta e nove e terminou em mil novecentos e quarenta e cinco ficando conhecida, nos anais da história, com o nome de “Segunda Guerra Mundial”. Foram quase seis anos de destruição civilizacional e como consequência de tal flagelo o mundo dividiu-se em duas esferas de influência, a leste uma ditadura feroz e a oeste o mundo livre tal como o conhecemos e como símbolo nefasto dessa divisão foi edificado um muro que permaneceu por mais de quarenta anos que teve muitas designações desde “Muro de Berlim”, “Cortina de Ferro” e “Muro da Vergonha”. Parece que quando querem dividir-nos ideologicamente nos espetam com um muro, mas felizmente aquele de que vos falo já foi desmantelado há mais de vinte e cinco anos, mais precisamente na noite de nove de novembro de mil novecentos e oitenta e nove. Felizmente o meu país não entrou nessa guerra e a última em que esteve envolvido de uma forma direta foi para defender as possessões ultramarinas gastando os parcos recursos de que dispúnhamos vindo a terminar com uma revolução e alteração do regime que perdurava há quase quarenta e oito anos no dia vinte e cinco de abril de mil novecentos e setenta e quatro. Mas isso já todos sabem.
Agora devem estar a perguntar qual a relação que existe nesta minha história entre as bananas e a guerra ou as guerras de que vos falei! Pois bem é que esta história passa-se precisamente durante a “Segunda Guerra Mundial” e envolve dois irmãos. O José e o Manuel, apesar das muitas restrições ligadas ao racionamento devidas à economia da guerra, viviam pacificamente com os seus pais, embora apreensivos quanto ao futuro, os tempos da sua juventude, pois em mil novecentos e quarenta e dois a guerra estava num impasse e neste episódio, um contava com dezassete anos e o outro com dezasseis. Se o país em que viviam tivesse entrado no conflito, certamente estariam próximos do recrutamento para irem defender a pátria, tal como já o tinham feito muitos dos seus compatriotas na primeira guerra mundial, pois nessa, o seu país tinha entrado, segundo reza uma das versões da história, para defender o seu império colonial.
Tanto um como o outro dos irmãos rivalizavam nas suas atitudes, sendo o mais velho, o José, o mais ponderado, tendo o Manuel um comportamento mais afoito. Mas ambos se davam bem nas suas relações irmanadas. Ora aqui surge a ligação à história das bananas, quando, apesar da não envolvência do país na guerra, havia muitas restrições alimentares, sendo o racionamento uma prática comum, o que fazia com que, apesar de alguns mais abastados terem posses, tal de nada lhes servia, pois nem sempre o dinheiro era tudo e apesar de alguns terem dinheiro não havia bens para comprar e assim sendo, não tinham acesso aos bens de consumo, tal como hoje acontece na nossa sociedade de livre mercado em que predominam as práticas consumistas desmesuradas em vez de sermos mais consumeristas.
Foi num raro dia desse ano de mil novecentos e trinta e dois que houve um fornecimento extra de bananas num navio desembarcado e a sua mãe teve a benesse de lhe serem atribuídas duas bananas no racionamento, considerando-se tal situação uma sorte digna de um banquete real, tal era a raridade nos tempos conturbados que os dois manos estavam a viver. Quando o José e o Manuel souberam aquilo que a mãe lhes reservava, como uma bela surpresa para a sobremesa do jantar, logo começaram a assediá-la com pedidos lamurientos, próprios de meninos rabinos, mas a mãe, sem se deixar comover, logo os informou de que se tratava de um acepipe raro, pelo que, o mesmo estava reservado apenas para essa ocasião. Parecia que iria ser um dia de festa, se é que haveria algo para festejar em plena “Segunda Guerra Mundial”. Só que, os lindos meninos, já quase uns homens feitos, não se conseguiam conter nas suas lamúrias, choramingando, choramingando tanto, já que, para acrescentar um mal à situação, a ansiedade criada pelos dois, sendo tanta, estava de tal forma a alterar o seu comportamento fisiológico, que eles já não conseguiam esperar mais, para poderem saborear um tal fruto, que já não viam desde os tempos de antes do início da guerra, a tal ponto que, lhes começava a doer a barriga e a crescer de água na boca, não parando de aumentar as dores a cada minuto que passava! A continuar assim não iriam conseguir aguardar até ao jantar, pois acabariam por correr o risco de ficarem doentes! Perante uma realidade tão atroz acabaram por comover a mãe a ceder nas suas pretensões de comer as bananas mais cedo!
Mas a cedência de parte da mãe tinha um acordo, ou antes, uma condição! Era a de que para já, apenas iriam comer metade de cada uma das bananas que lhes fora atribuída e já tinham muita sorte pois nem ela nem o pai iriam comer fosse que banana fosse, pois só havia duas bananas e era uma para cada um deles. Pondo em ação as suas palavras a mãe foi buscar uma faca à gaveta e cortou ao meio cada uma das bananas, entregando seguidamente uma metade a cada um dos filhos e guardando as outras duas metades em lugar seguro, não fosse o diabo tecê-las. O José, o mais ponderado, sem protestar, apressou-se a comer a metade que lhe coube e agradeceu à mãe o facto de ter cedido às pretensões dele e do irmão de não terem de aguardar pelo jantar para poderem comer as bananas, sendo-lhes permitido pelo menos comer meia banana. Só que o Manuel, que tinha um comportamento mais afoito, começou logo a protestar, que queria a banana inteira, começando a fazer birrinhas. A mãe insistiu com o Manuel de que se deixasse de figuras tristes e procedesse educadamente como o José e comesse a metade a que tinha direito. Então o Manuel, cego pela ira, proferiu a seguinte frase: “Se não me dá a minha banana inteira então não quero!” - A mãe insistiu com o Manuel que não fosse mal-educado e ponderasse a sua atitude! Mas como ele insistia na sua postura arrogante e mal-educada perguntou-lhe intimidativamente. - “Então não queres a tua metade, é isso? Se não a queres vou dá-la ao teu irmão”. “Não, não quero”, - respondeu o Manuel com cara de birrento e de braços cruzados a um canto da sala. Perante a atitude do filho, a mãe de seguida entregou a parte do Manuel ao José que, encantado, comeu a metade da banana que o seu irmão tinha arrogantemente recusado.
Mas a história não fica por aqui pois, há noite, depois do jantar, o Manuel perguntou à mãe se podia ir buscar a banana para comer como sobremesa, ao que a mãe se prontificou a responder que não era a banana mas sim as metades das bananas da manhã ao mesmo tempo que entregava uma metade ao José e a outra metade ao Manuel. Só que o Manuel voltou à carga com os seus protestos e birras argumentando, com a arrogância que comungava, de que as metades eram dele, pois o José já tinha comido de manhã a banana dele. A mãe então pôs de imediato um ponto de ordem:
- Não! Estás muito enganado Manuel, pois tu só tens direito a uma metade, a outra é do teu irmão.
- Porquê se ele já comeu a dele de manhã? - Protestou o Manuel.
- Porque com a tua má educação recusaste a metade a que tinhas direito e apesar de eu ter insistido, tu, com as tuas birras, não a quiseste e então eu dei-a ao teu irmão. Assim sendo esta metade é a tua, aquela a que tens direito e aquela é a do teu irmão, a que ele tem direito.
Para espanto da mãe, o Manuel, voltou de novo a repetir a mesma cena da manhã, dizendo que assim não queria, pois era uma injustiça, dado que o José já tinha comido a banana dele!
- Ah não? Não queres? - Voltou a insistir a mãe.
- Não! O que eu quero é as duas metades pois o José já comeu a dele de manhã!
- Pois estás enganado! - A mãe repetiu-lhe o discurso por uma última vez. - Se quiseres come esta metade que é a tua, aquela é a do teu irmão!
Entretanto o José já tinha comido a metade que lhe pertencia de direito e aguardava sorrateiramente pelo desenrolar dos acontecimentos. O Manuel ao ver o irmão a comer a metade que achava pertencer-lhe começou então a berrar que o José lhe tinha roubado a sua banana e que assim ele não queria. Então surgiu o melhor. A Mãe advertiu-o por uma última vez:
- Se não queres a tua metade dou-a ao teu irmão!
- Não, não quero! - Respondeu o Manuel. - O que eu quero é a minha banana! Assim só metade, não quero!
- Ah! Não queres? Então José toma lá! Come a metade que o teu irmão não quer a dele! - Logo o José, sem esperar por outra oportunidade, comeu de imediato a metade da banana que lhe era oferecida pela mãe, consequência da recusa do irmão por estar a ser birrento, tal como sucedera na manhã desse dia!
Resultado final?! O José comeu duas bananas e o Manuel ficou sem comer a banana que lhe tinha sido oferecida e poder assim saborear o tão delicioso fruto, tendo de esperar até ao fim do racionamento que coincidiria com o fim da guerra, pois outra oportunidade não surgiu até lá. Moral da história? Sê ponderado e não te ponhas com birras e invejas pois a ganância pode levar-te a perder tudo o que pretendes.
Esta história é verdadeira, foi-me contada pela minha avó e confirmada pelo meu pai pois passou-se com ele e o meu tio, um dia, em Évora, em plena Segunda Guerra Mundial. Espero que lhes possa servir de lição, pois para eles foi-o para toda a vida! Nunca se esqueçam de que mais vale um pássaro na mão do que dois a voar!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

DAR VOZ A ONDJAKI

A finalizar a primeira fase da atividade “Dar Voz A Um Escritor” teve lugar no passado dia 02 de dezembro de 2014 na biblioteca da Escola Professor Abel Salazar a ação dar voz ao escritor angolano Ondjaki. O debate foi animado com os alunos do 7º-E e do 7º-F tendo como moderador o professor José António Paiva sendo assistido pela professora Alcina Sousa, a coordenadora da biblioteca escolar, e pela professora da disciplina de português Rosa Domingues, professora de ambas as turmas.

O professor José António Paiva faz uma apresentação do autor às turmas.
Exposição de um conto de Ondjaki pelo professor José António Paiva a um dos alunos presentes.
Exposição de um conto de Ondjaki por parte de um dos alunos aos seus colegas com a moderação do professor José António Paiva.
O professor José António Paiva expõe aos alunos a sua opinião sobre os contos de Ondjaki.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

ÚLTIMOS VÍDEOS DOS PINK FLOID

Para ouvir música e a canção de Louder Than Words:


Para ver e ouvir álbum completo:


terça-feira, 25 de novembro de 2014

O REQUERIMENTO - CONTO COMPLETO

            O professor Mário era um docente que todos considerávamos ser um Stor fixe. E porquê? Porque, se, logo na aula de apresentação, nos obrigava a escrever, no caderno da sua disciplina, as regras de conduta da sala de aula, tais como, entrar ordeiramente e em silêncio, não mascar pastilha elástica, não entrar com o boné ou chapéu ou capuz a tapar a cabeça, não entrar na sala a comer ou a beber sumos, sentar no lugar de acordo com a planta estabelecida pelo diretor de turma, depositar o telemóvel ou outro dispositivo eletrónico numa caixa que ele arranjou, senão o mesmo seria de imediato apreendido e entregue na direção, caso ele o apanhasse a ser utilizado, respeitar os colegas, não utilizando atitudes de agressão física tal como o “bullying”, comportar-se corretamente no seu lugar com a postura direita e não como se estivesse num sofá de casa, ou na mesa de um café, levantar o braço quando pretendesse fazer uma pergunta, com a finalidade de tirar dúvidas, sobre uma questão da matéria de aula, não se levantar do seu lugar, nem que fosse para deitar alguma coisa ao lixo, não agarrar no giz do quadro, parti-lo aos bocadinhos, para depois atirar aos colegas, ou fazer aviõezinhos de papel para enviar recadinhos aos colegas da outra extremidade da sala, estas duas últimas advertências até seriam passiveis de expulsão da sala de aula e ida para a sala de estudos com uma tarefa específica e com uma posterior participação disciplinar, não permitir perguntas, nem conversas de circunstância ou sob qualquer pretexto, com qualquer colega, nem mesmo àquele que se encontrasse ao seu lado, atrás ou à sua frente, não usar linguagem imprópria, utilizando palavras do vitupério, impropério, vernáculo e do calão, palavras que desconhecíamos e que nos explicou serem no fundo aquilo que designávamos de “asneiras” ou “pecados” para os mais católicos.
            Sem que fosse necessário chamar a atenção para a falta, todos tínhamos a obrigação, logo no início da aula, de retirar da mochila, o caderno e o manual escolar bem como o porta lápis com a caneta, o lápis e a borracha, para passarmos os apontamentos necessários, e, finalmente, estarmos atentos às explanações, por ele dadas, dos temas referentes às matérias letivas, tirando os devidos apontamentos e resolvêssemos as fichas de trabalho, bem como as atividades que ele apresentava para resolver na aula, ou como trabalho para casa. Tudo isto dizia ele, que eram regras que já tínhamos a obrigação de conhecer e devíamos seguir, fazendo parte do estatuto do aluno e se não fossem cumpridas, àquele que prevaricasse, outra palavra erudita que desconhecíamos e que ele explicou o que era, ele teria de tomar medidas, uma das quais era ir ao gabinete do Diretor com uma participação da ocorrência.
            Foi logo nessa primeira aula de apresentação que o Filipe, o mais atrevido da turma, perguntou, no caso de precisar de ir à casa de banho, como era preciso fazer. O Stor respondeu logo que tal não era permitido. À resposta, o Filipe, atrevido como sempre, voltou a questionar o Stor, perguntando-lhe, e se estiver muito aflito, faço nas calças? Esta pergunta gerou logo o riso geral dos colegas da turma, ao que o Stor, muito sério e com cara de poucos amigos, respondeu de imediato, que não via onde estava a graça pela atitude do Filipe e que aqueles risos eram sinónimo de comportamento errado por parte da turma, sendo como tal passível de participação, estando todos a esquecer-se das regras que tinha acabado de enumerar. Seguidamente, quando os ânimos serenaram, o Filipe levantou o braço, esperando que o professor lhe desse atenção, e voltou a fazer a mesma pergunta depois de pedir desculpa, pois não pretendia com a sua atitude provocar o riso geral da turma.
Foi então que pela primeira vez ouvi um professor dizer tal coisa. Se o jovem estiver muito aflito e precisar de sair da sala de aula, para ir à casa de banho e só nessa circunstância, então terá de fazer um requerimento. Um requerimento? Perguntou de imediato o Filipe. O que é isso? Ao que de seguida o Stor respondeu. Por definição um requerimento é um documento oficial utilizado para obter um bem, um direito, ou uma declaração de uma autoridade pública. O requerimento é um pedido dirigido a uma entidade oficial, organismo ou instituição do Estado através da qual se solicita a satisfação de uma necessidade ou interesse. Esse documento deve ser formulado por escrito e conter as seguintes indicações: Designação do órgão administrativo a que se dirige; Identificação do requerente pela indicação do nome, estado civil, profissão, morada e número de contribuinte; Exposição dos factos em que se baseia o pedido e, quando tal seja possível ao requerente, os respetivos fundamentos de direito; Indicação do pedido em termos claros e precisos; Data e assinatura do requerente ou de outrem a seu rogo, se o mesmo não souber ou não puder assinar, devendo dar-se especial atenção ao tratamento dispensado às autoridades. Constando tal tratamento do requerimento, são habituais as designações de Excelência, Excelentíssimo, Meritíssimo, Ilustríssimo, de acordo com os casos. Procedendo assim, de imediato, para podermos ir à casa de banho ou para podermos sair da sala de aula, fosse qual fosse a justificação, fez-nos escrever no caderno o tipo de modelo que devíamos utilizar, informando que o tratamento para o Stor era por Excelentíssimo.
A partir da aula de apresentação, de cada vez que algum de nós pretendia sair da sala de aula, porque elas eram uma tormenta, estarmos ali fechados durante noventa minutos a ouvir o Stor falar e a fazer-nos tirar apontamentos e a resolver as fichas de trabalho, fazíamos um requerimento, de acordo com o modelo que ele nos tinha feito escrever no caderno da disciplina. Depois de lhe ser entregue, com o devido respeito, o respetivo requerimento corretamente preenchido e que lia atentamente, o Stor passados alguns minutos, deixava-nos sair da sala, apenas por cinco minutos no máximo, tempo que o Stor cronometrava no seu relógio de pulso. Mas as saídas da sala de aula também tinham regras, mesmo com requerimento. Só podíamos sair no máximo duas vezes por período e caso atingíssemos esse máximo, teríamos então de negociar com um dos colegas o seu direito, prescindindo ele do mesmo. Foi interessante ver colegas a negociar, com requerimento em nome deles as idas à cada de banho e no fim do ano letivo o Stor Mário apresentou-nos a estatística das idas à casa de banho ou saídas da sala de aula, pois alguns de nós nem tínhamos vontade de urinar sequer. O que queríamos era um simples intervalo de cinco minutos naquela seca de estarmos fechados numa sala durante noventa minutos seguidos. Às vezes ele desconfiava, de um ou outro colega, de que não queria ir à casa de banho e então nesses casos pedia a uma das funcionárias em serviço no bloco que verificasse se o nosso colega ia mesmo à casa de banho, ou se o que pretendia era pura e simplesmente dar uma volta pelos corredores da escola, ou então ir ao bar dos alunos. Ele ficava danado nessas alturas, pois dizia que, nesse caso, explicassem no requerimento aquilo que verdadeiramente pretendiam, o que nós nunca fazíamos, pois se o fizéssemos ele não nos daria deferimento. 
Na continuação do ano letivo, o Stor Mário, que ao princípio se apresentou como um austero ditador, foi-se tornado mais flexível, exceto na exigência dos requerimentos e, se houve um ou dois caos de falta disciplinar, de um ou outro colega, todos o respeitávamos dentro da relação docente, discente e foi com imensas saudades que, no ano letivo seguinte, o vimos partir para outra escola. Nunca mais soube dele, mas ele deixou-nos a todos uma marca que nunca mais esquecemos, aprender pela primeira vez a fazer um requerimento, um modelo de burocracia que pela vida fora, tantas vezes tive de utilizar, para solicitar a alguém da administração pública, algo que nos pertencia por direito.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

DAR VOZ A ONDJAKI

Na continuação da atividade “Dar Voz A Um Escritor” teve lugar no passado dia 21 de novembro de 2014 na biblioteca da Escola Professor Abel Salazar. Nesta ação foi dada voz ao escritor angolano Ondjaki. O debate foi animado com os alunos do 7º-A e do 7º-B tendo como moderador o professor José António Paiva sendo assistido pelas professoras Alcina Sousa, a coordenadora da biblioteca escolar, Helena Silva, professora de português de ambas as turmas.

O professor José António Paiva faz uma apresentação do autor às turmas.
Leitura de um conto de Ondjaki por uma aluna moderado pelo professor José António Paiva.
Leitura de um conto de Ondjaki por duas alunas moderado pelo professor José António Paiva.
Exposição das opiniões sobre os contos de Ondjaki pelos alunos moderado pelo professor José António Paiva.
O professor José António Paiva expõe aos alunos a sua opinião sobre os contos de Ondjaki.
Aspeto geral da assistência com o professor José António Paiva.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

LIXO


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

UMA DECISÃO RADICAL - CONTO COMPLETO

            O Octávio era um pastor muito cioso do seu rebanho e um obcecado pela ordem e padronização. Tudo na sua vida era regido por regras e padrões que ele cumpria religiosamente. Levantava-se sempre todos os dias à mesma hora, fosse dia da semana, fosse sábado ou domingo, fosse de verão ou de inverno e depois de tomar o pequeno-almoço dirigia-se ao curral para retirar as suas cabras e ovelhas e levá-las a pastar. Fazia-o sempre no verão, às cinco da manhã, pois a essa hora o sol ainda não tinha nascido e ele considerava ser a melhor hora para fazê-lo, evitando assim o muito calor que teria de suportar. Quando eram seis da tarde recolhia o seu rebanho ao curral indo depois para casa tratar do jantar que a sua Maria lhe tinha preparado com muito esmero. Conversavam um pouco em cavaqueiras de circunstância e ouviam um pouco de rádio, já que não tinham televisão para se entreter, nem filhos com que se preocupar e deitavam-se cedo por volta das oito horas da noite, já que, no dia seguinte, teria de se levantar novamente cedo, para tratar do seu rebanho. Ele fazia apenas de pastor e a sua Maria é que o ajudava nas contas pois, quanto a ter de governar a casa, ela era melhor que ele e era ela que tratava de comprar ou vender e gerir o seu pequeno património. Era esta a rotina diária do Octávio e no inverno as horas variavam um pouco, já que os dias eram mais pequenos e o tempo mais rigoroso, mas o hábito pouco ou nada se alterava.
            Naquele dia, porém, estava ele numa morrinha a atirar pedras ao longe para que o seu Fiel, o seu muito diligente cão pastor, as fosse buscar, quando lhe apareceu o carteiro, o senhor Carlos, que vinha na sua motorizada à sua procura. Ó senhor Octávio como está? A sua Maria bem disse que eu o encontrava por aqui! Ah, senhor Carlos, a que devo a sua visita? Alguma novidade me traz por aí? Será alguma carta das finanças para pagar alguma contribuição de que me tenha esquecido? Não, não é nada disso. É apenas um telegrama que lhe vem dirigido. Como o senhor não tem, nem telefone, nem telemóvel, esta é a única forma de o contactar. Ó senhor Carlos não se importa de me ler o que diz esse de telegrama se faz favor? Pois bem, parece-me que não são boas notícias já que, diz aqui que faleceu o seu tio Luís Prazeres e pedem-lhe para se dirigir à Santa Casa da Misericórdia, para tratar de um assunto do seu interesse. Estou mesmo a ver o que essa gente quer. É que lhe trate do funeral. Pobre do tio Luís que lá se finou.
            Com todos os incómodos que tal situação lhe trouxe, o Octávio lá tratou dos assuntos do funeral do tio Luís, mas foi no próprio dia do velório que, o Doutor Fernando Tavares, se lhe dirigiu para dar-lhe os pêsames e ao mesmo tempo pedir-lhe que passasse nos próximos cinco dias pelo seu cartório notarial, a fim de tratar de um assunto de extrema importância. Que será que este quer também? Pensou o Octávio. Não faltava já a despesa do funeral, ainda vai querer que lhe pague alguma coisa de dívidas que o meu tio por cá terá deixado. Mas não era nada disso, pois, cinco dias volvidos, depois do Octávio ter dado as devidas instruções à Maria, de como deveria tratar do seu rebanho durante a sua ausência, chegado ao cartório notarial, o Octávio tomou então conhecimento de que o seu tio, o Doutor Luís Prazeres, lhe tinha deixado a ele, Octávio Prazeres, uma herança.
            Uma herança, senhor doutor? O meu tio deixou-me uma herança? Sim, senhor Octávio e parece que não é tão pouco como isso. Ah sim? O que me deixou então o meu tio? A casa dele? Sim, a casa dele e não só. Ripostou o doutor Tavares. Deixou-lhe também, além da casa, segundo o que aqui diz, toda a sua biblioteca e alguns livros, que pede que a estime com todo o carinho e devoção, e várias contas bancárias, que aqui alude, bem como alguns certificados do tesouro do Estado Português. Parece que este seu tio era bastante abonado. Bem, eu fazia ideia de que era, até porque pelo funeral que ele me exigiu e pela casa em que vivia, podia observar-se que era rico. Agora deixar-me a casa e o resto da fortuna em herança é que eu não estava à espera, já que, sempre pensei que ele iria deixar tudo à Santa Casa da Misericórdia, pois nos últimos anos de vida já não vivia em casa e estando a viver no lar da terceira idade que pertence à Misericórdia. Bem, isso, eu já não sei. Respondeu o doutor Tavares. O que sei é que o senhor terá de me responder se pretende tomar conta dos bens da herança do seu tio e pagar o respetivo imposto de selo às finanças, como é de lei. E quanto é isso? Perguntou o Octávio. São dez por cento do total do valor do património herdado. Mas para isso é preciso fazer uma avaliação. Conhece alguém? Perguntou o doutor Tavares. Eu não. Respondeu o Octávio. Pode o senhor doutor tratar disso? Bem, se o senhor Octávio não tem quem lhe trate disso, eu arranjo-lhe quem o faça.
            Tendo o doutor Tavares tratado de tudo o que dizia respeito às finanças e depois de tomar posse dos bens do património do seu tio Luís, o Octávio tinha de alterar os seus hábitos quotidianos. Depois de expor as ideias que tinha à sua Maria, decidiu vender o rebanho, bem como a casa de campo e iriam então viver para a cidade, para a casa que tinha herdado do tio Luís. Acontece é que a casa estava depauperada, portanto, a precisar de obras de restauro, pelo que, de imediato, o Octávio tratou logo de contratar uma equipa do ramo da construção civil, especializada em obras de recuperação, que teria por missão, tratar de restaurar a bela mansão, situada num bairro de gente rica da cidade, de forma a poderem nela viver condignamente. A mansão era enorme e possuía diversas divisões, quartos e salas, estando de entre eles uma biblioteca. Sim, havia também uma biblioteca, para espanto do Octávio, bem recheada de muitíssimos livros! Aquela divisão que fazia de biblioteca possuía imensos livros! Alguns estavam cheios de pó e sujos de moscas com teias-de-aranha, apesar de, à primeira vista, pareciam estar arrumados nas estantes! Mas muitos outros estavam desordenadamente empilhados, à espera de serem arrumados e ainda outros encaixotados! Até havia um espaço ocupado com caixas de cartão, ainda por abrir, com livros que tinham vindo por correio expresso, de uma livraria de vendas pela internet. Parece que o tio Luís era mesmo um obcecado por livros. Era um comprador compulsivo de livros. Comprava e comprava livros, mesmo que não pudesse vir a lê-los todos um dia. Comprava muitas vezes apenas para os ter. Os livros eram tantos e tantos, que o Octávio começou a ficar assustado! A forma como se encontravam, por ali espalhados, fazia-lhe lembrar um rebanho tresmalhado e que ele teria de qualquer das formas de organizar, já que, ao que parece, ele era, ao contrário do seu tio, um obcecado pela ordem e pela organização.
            O Octávio começou então por pegar nalguns livros que estavam empilhados a um canto. Ao manuseá-los experimentou algo parecido como quando acariciava as suas ovelhas, sentindo o cheiro característico do papel, verificando também que cada livro tinha um odor e uma textura diferente. Era tal como acontecia com as suas cabras e ovelhas, de que infelizmente já se tinha desfeito. Recordava-se perfeitamente daqueles momentos, com certa nostalgia, em que cada livro, tal como cada cabrinha e ovelha, também tinham uma característica, como que uma vibração própria. E como eram belos os livros que eram acariciados! Uns de capa rija, outros de capa mais mole, uns com lindas figuras e imagens, outros apenas com letras. Mas, pronto, agora, depois de lhes aspirar o pó acumulado, retirado as moscas e as teias-de-aranha, limpo cuidadosamente as prateleiras e estantes, de ter retirado os livros que ainda se encontravam encaixotados e empacotados nas embalagens de cartão do correio expresso, já que não suportava vê-los assim, todos desarrumados, fora de um lugar próprio, tinha de começar a arrumá-los nos devidos lugares, que é como quem diz, nas prateleiras vazias da biblioteca.
            Só que o Octávio começou logo a entrar em pânico, pois não sabia de que forma devia pôr os livros, já que eram todos tão distintos e de tamanhos tão diferentes. Desconhecia completamente quais eram as regras usadas para arrumação de livros numa biblioteca. Ainda para mais, por que raio, cada livro devia ter um tamanho diferente? Uns tinham dezoito centímetros de altura, outros eram mais altos e havia livros que tinham até mais de vinte e cinco centímetros. E a largura variava dos catorze centímetros até aos trinta. Porque não haveriam eles de ser todos do mesmo tamanho? Isso só dificultava ainda mais a sua arrumação! Não, isso não podia ser assim! Tinha de haver uma forma padronizada para arrumar os livros, só que ele não sabia. Então ele que era um obcecado pelas regras da ordem e da organização! Por isso decidiu tomar uma decisão radical!
            Assim pensou, assim fez. Dirigiu-se ao chefe dos carpinteiros que trabalhavam nas reparações da casa e perguntou-lhe se não tinha uma serra ou algo com que pudesse cortar com precisão. O chefe dos carpinteiros quis saber para que era, e o Octávio de imediato respondeu que era para uns livros que tinha ali na biblioteca. Ah! O senhor Octávio do que precisa é de uma guilhotina, mas olhe que isso vai-lhe custar caro! Dinheiro não é problema, venha de lá essa guilhotina, que é mesmo disso que eu preciso, para começar a cortar e saiba que tenho muito que fazer!
            No dia seguinte, logo de manhã, já a guilhotina estava montada na biblioteca pronta a funcionar e o Octávio, com todo o seu esmero, começou a cortar todos os livros pela medida certa. Dezoito centímetros de altura, catorze centímetros de largura. Depois de tratadinhos, começou então a arrumá-los nas prateleiras vazias e à medida que o ia fazendo, cada vez mais se sentia feliz e orgulhoso com a sua obra e tomada de decisão, considerando a sua iniciativa de parametrar a biblioteca, herdada do seu tio Luís, uma ideia inovadora. Como se iria ele sentir feliz e orgulhoso, caso fosse vivo, porquanto pudesse aderir também o tio Luís àquela ideia original de organização do seu sobrinho. Uma decisão de um autêntico empreendedor. Estandardizar bibliotecas!
            No fim do trabalho, depois de estarem todos os livros devidamente arrumados nas prateleiras, à medida da nova altura da lombada de dezoito centímetros, o Octávio chamou a sua Maria, para que ela, finalmente, admirasse a sua obra-prima, pois, antes de o ter feito, tinha-a proibido terminantemente de entrar na biblioteca.
            Então Maria, que me dizes aqui da minha obra-prima? A Maria, de imediato, ficou de boca aberta a admirar tal feito, pois nunca tinha visto na sua vida tanto livro junto e não fez qualquer comentário.

            Felizmente para o Octávio e para o seu tio já falecido, mais ninguém se iria servir certamente da biblioteca e a não ser ele e a sua Maria, seriam os únicos a admirar, sem problemas, todo aquele conjunto de obras bem arrumadinhas! É que tanto ele como a sua mulher, eram analfabetos e não sabiam ler.


sábado, 8 de novembro de 2014

DAR VOZ A DANIEL DEFOE

Mais uma atividade “Dar Voz A Um Escritor” que teve lugar no passado dia 07 de novembro de 2014 na biblioteca da Escola Professor Abel Salazar. Nesta ação foi dada voz ao escritor Inglês Daniel Defoe. O debate foi animado com os alunos do 6º C e do 6º G tendo como moderador o professor José António Paiva sendo assistido pelas professoras Alcina Sousa, a coordenadora da biblioteca escolar, Ana Couto, professora de português da turma 6ºC e Helena Silva, professora de Português da turma 6ºG.
Leitura do conto Robinson Crusoé por duas alunas moderado pelo professor José António Paiva,
Debate do conto Robinson Crusoé por dois alunos moderado pelo professor José António Paiva,
Debate do conto Robinson Crusoé pelos alunos moderado pelos professores José António Paiva e Alcina Sousa,
Debate do conto Robinson Crusoé pelos alunos moderado pelos professor José António Paiva e a assistência das professoras Helena Silva e Ana Couto.
Debate do conto Robinson Crusoé moderado pelo professor José António Paiva,
Debate do conto Robinson Crusoé moderado pelo professor José António Paiva,
Visualização do video Robinson Crusoé com a assistência dos alunos e dos professores José António Paiva e da disciplina de português.
Debate do conto Robinson Crusoé pelos alunos moderado pelo professor José António Paiva.
Resposta a algumas questões do conto Robinson Crusoé pelos alunos moderado pelos professores José António Paiva e Alcina Sousa.
Debate final com as professoras Alcina Sousa e Ana Couto.

sábado, 1 de novembro de 2014

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DAR VOZ A DANIEL DEFOE

No âmbito da atividade “Dar Voz A Um Escritor” que teve lugar no passado dia 24 de outubro de 2014 na biblioteca da Escola Professor Abel Salazar foi dada voz ao escritor Inglês Daniel Defoe. O debate foi animado com os alunos das turmas do 6º A, 6º B e do 6º F tendo como moderador o professor José António Paiva sendo assistido pelas professoras Alcina Sousa, a coordenadora da biblioteca escolar, Celma Carvalho e Clara Alves.

Apresentação do professor José Paiva à assembleia de alunos.
Exposição sobre a vida e obra de Daniel Defoe pelo professor José António Paiva à assembleia de alunos. 
Debate do conto Robinson Crusoé com uma aluna moderado pelo professor José António Paiva.
Debate do conto Robinson Crusoé por dois alunos moderado pelo professor José António Paiva.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

UMA DECISÃO RADICAL


        O Octávio era um pastor muito cioso do seu rebanho e um obcecado pela ordem e padronização. Tudo na sua vida era regido por regras e padrões que ele cumpria religiosamente. Levantava-se sempre todos os dias à mesma hora, fosse dia da semana, fosse sábado ou domingo, fosse de verão ou de inverno e depois de tomar o pequeno-almoço dirigia-se ao curral para retirar as suas cabras e ovelhas e levá-las a pastar. Fazia-o sempre no verão, às cinco da manhã, pois a essa hora o sol ainda não tinha nascido e ele considerava ser a melhor hora para fazê-lo, evitando assim o muito calor que teria de suportar. Quando eram seis da tarde recolhia o seu rebanho ao curral indo depois para casa tratar do jantar que a sua Maria lhe tinha preparado com muito esmero. Conversavam um pouco em cavaqueiras de circunstância e ouviam um pouco de rádio, já que não tinham televisão para se entreter, nem filhos com que se preocupar e deitavam-se cedo por volta das oito horas da noite, já que, no dia seguinte, teria de se levantar novamente cedo, para tratar do seu rebanho. Ele fazia apenas de pastor e a sua Maria é que o ajudava nas contas pois, quanto a ter de governar a casa, ela era melhor que ele e era ela que tratava de comprar ou vender e gerir o seu pequeno património. Era esta a rotina diária do Octávio e no inverno as horas variavam um pouco, já que os dias eram mais pequenos e o tempo mais rigoroso, mas o hábito pouco ou nada se alterava.
        Naquele dia, porém, estava ele numa morrinha a atirar pedras ao longe para que o seu Fiel, o seu muito diligente cão pastor, as fosse buscar, quando lhe apareceu o carteiro, o senhor Carlos, que vinha na sua motorizada à sua procura. Ó senhor Octávio como está? A sua Maria bem disse que eu o encontrava por aqui! Ah, senhor Carlos, a que devo a sua visita? Alguma novidade me traz por aí? Será alguma carta das finanças para pagar alguma contribuição de que me tenha esquecido? Não, não é nada disso. É apenas um telegrama que lhe vem dirigido. Como o senhor não tem, nem telefone, nem telemóvel, esta é a única forma de o contactar. Ó senhor Carlos não se importa de me ler o que diz esse de telegrama se faz favor? Pois bem, parece-me que não são boas notícias já que, diz aqui que faleceu o seu tio Luís Prazeres e pedem-lhe para se dirigir à Santa Casa da Misericórdia, para tratar de um assunto do seu interesse. Estou mesmo a ver o que essa gente quer. É que lhe trate do funeral. Pobre do tio Luís que lá se finou.
Este conto continua na próxima semana.

domingo, 19 de outubro de 2014

DAR VOZ A ONDJAKI

Atividade “Dar Voz A Um Escritor” realizada no passado dia 17 de outubro de 2014 na biblioteca da Escola Professor Abel Salazar. Nesta ação foi dada voz ao escritor angolano Ondjaki. O debate foi animado com os alunos do 7º D e do 7º C tendo como moderadores os professores José António Paiva e Alcina Sousa, a coordenadora da biblioteca escolar.

O professor José António Paiva faz a apresentação aos alunos presentes.
O professor José António Paiva expõe um dos contos do autor.
O professor José António Paiva expõe um dos contos do autor.
Professor José António Paiva debate com um dos alunos o tema de um dos contos.
Os professores José António Paiva e Alcina fazem a moderação do debate dos alunos presentes.

Dois alunos expõem aos seus colegas a sua opinião sobre os contos do autor.

sábado, 18 de outubro de 2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SINTO-ME ASSIM


terça-feira, 14 de outubro de 2014

À PROCURA DE UM SONHO

O livro da autora Ângela Caboz é uma bela obra de poesia para ler e ter na mesa-de-cabeceira agora que o outono já chegou e o inverno se aproxima. Muito bonito e com poemas que dão para meditar e ter belos sonhos, recomendo vivamente a todos os meus amigos a sua leiutura.
José Ferreira Bomtempo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

domingo, 12 de outubro de 2014

DIZ SIMPLESMENTE QUE ME AMAS

Porque não consigo enxergar,
Aquilo de que mim desejas,
Porque estás sempre a declarar,
Que me amas, que me amas?

Daqui posso-te oferecer flores,
Com toda a ousadia e expressão,
Não só rosas mas outros amores,
Faço-o com fervor até à exaustão.

Não anúncio aos quatro ventos,
Porque sincera acredito seres,
Atitudes vãs ou maus intentos,
Porque só para ti me quereres.

Mas se dói muito esta separação,
Porque não me dizes modestamente
Pois não consigo tolerar tal privação
Que me tens amor simplesmente?

© - 2014 – José Ferreira Bomtempo

domingo, 5 de outubro de 2014

Atividade na Biblioteca da AEPAS

Atividade no dia 26 de setembro de 2014, o "Dia Europeu das Línguas", efetuada na Biblioteca da Escola Professor Abel Salazar na vila de Ronfe - Guimarães.