sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

ESCOLA SECUNDÁRIA DE VIZELA

ENSINO RECORRENTE
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MAGUSTO – 2006-2007
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O Outono, já havia começado há longos dias e o mês de Novembro seguia com uma temperatura quente, seca e colorida pelas folhas das árvores de tons verdes,amarelos, laranjas, castanhos, numa variedade tal, que nos faz tomar consciência da riqueza inesgotável do nosso “ ASTRO REI ”, que é o “ SOL “. No jardim da “Escola Secundária de Caldas de Vizela“,os vários tapetes verdes surgem enriquecidos pelas espécies de árvores que aparecem com os seus troncos elegantes,dando origem a uma variedade de folhagem, de flores,de sementes,de pássaros,que nos transmitem a harmonia interior de quem os cuida.Os professores, funcionários e alunos percorrem este calmo jardim, de manhã à noite, agitados pelas suas responsabilidades, num vai e vem imparável, desde o mês de Setembro!
Nada mais justo do que uma paragem para relembrar a ”Lenda de S. Martinho! O corpo e a alma em união perfeita, pedem uma pausa de reflexão. Nada mais reconfortante, que gozar o “Verão de S. Martinho”, que pensar nas nossas riquezas naturais! Pois não é neste espaço de terra, que é o Norte de Portugal, em que nós habitamos?
O castanheiro é uma árvore natural da nossa região e o seu fruto, a castanha, é bastante apreciado, tendo sido em tempos a base da alimentação de muitos povos da península ibérica! Que beleza e que riqueza, uma autentica dádiva dos deuses e tão desprezado nos tempos que correm por outros produtos de inferior magnificência! Um fruto que tem funções e propriedades variadas. Podemos assá-las, cozê-las ou fazer farinha e juntá-la como condimento de variados pratos da nossa gastronomia.
O Ensino Recorrente há longos anos, nesta escola, leccionando nas horas em que o Sol se esconde e a lua surge, decidiu perfumar-se com os saberes e os sabores da “Tradição Portuguesa. E, quando se toma uma decisão, há que levá-la até ao fim! E, da melhor forma possível!
Foi um tal de mexer a imaginação! Professores, funcionários e alunos, arregaçaram as mangas! Num tacho muito grande da cantina, orientada pelo senhor José, colocou-se todos os ingredientes: a broa, as castanhas, as azeitonas, os rojões e as maçãs! Mas não pensem que foi só isso, também surgiram no polivalente da escola, os músicos, as cantigas ao desafio, e as belas quadras produzidas pelos alunos nas aulas! Que riqueza, quando conseguimos ver do que somos capazes! Professores, funcionários e alunos, alegres e finalmente felizes! Que delícia! Quanta energia em tão belas iguarias!...No ambiente quente dado pela cor da toalha, pelos ouriços, pelas folhas, pela harmonia criada por tanta coisa bela.
Foi confortante provar as iguarias apetitosas que faziam surgir expressões calmas, mas cheias de força, de alegria e de vontade de viver! O sabor puro da tradição estava ali, as canções espontâneas dos elementos do rancho, enchiam o ambiente que não sabia o que era a monotonia!
Houve a dança, a roda e os cantares de quem já tem traquejo da vida, do trabalho, e que quer continuar a viver! Não havia pressa de partir!...
Mas, vamos lá, somos gente responsável, e há que pensar no amanhã! …
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Amélia Macedo

Vizela, 11 Dezembro 2006
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