terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Pena de Morte? Que posição tomar?

Death Penalty or Capital Punishment: that’s the question!
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Um jovem português, licenciado em engenharia, tendo em conta que para ser engenheiro se torna preciso estar inscrito na respectiva ordem dos engenheiros e como tal estar autorizado a exercer a profissão de engenheiro, foi esfaqueado em Copacabana, a mais famosa praia do mundo, quando foi abordado por um toxicodependente de cocaína. O viciado no pó branco, para lhe furtar a mochila ou alguns valores que poderiam estar no seu interior e que pudessem posteriormente servir pagar umas gramas do precioso pó, não esteve com meias medidas, em inserir a frio, uma arma branca de forma fatal àquele que era licenciado em engenheira aeronáutica e passava descansado na praia, certamente pensando fazê-lo em segurança, umas merecidas férias.
Por ironia do destino, o assassino não passa de um pária da sociedade, um coitadinho que só sobrevive com a sua dose diária de droga. O assassinado, o jovem licenciado em engenharia, já que tal como o Senhor José Sócrates ainda não era engenheiro pois não estava inscrito na respectiva Ordem dos Engenheiros, gastou uma pequena fortuna à família, a ele e ao Estado português e esteve até à hora da morte, a vida inteira a estudar para ser um dia vir a ser engenheiro, quando de depois de completar a sua licenciatura, um dia fosse submetido ao Exame à Ordem dos Engenheiros e como tal aprovado para então poder exercer com toda a justiça a sua profissão de engenheiro.Ora por ironia do destino o bandido, toxicodependente nunca fez mais nada na vida do que ser um marginal da sociedade e a sua “Profissão” não passa senão disso mesmo, roubar para se drogar. O engenheiro fartou-se de trabalhar a estudar para chegar onde chegou antes de encontrar a morte. Este, custou dinheiro à família e ao estado português para ter o curso de que era portador, o segundo, custa dinheiro aos contribuintes brasileiros que têm de o ter preso, dar guarida, despender honorários com um defensor oficioso para dizer na barra do Tribunal que o assassino não é mais do que um coitadinho, vitima da sociedade de consumo e da exploração capitalista, nunca pagou impostos e ainda por cima incomoda!
Só que para azar do nosso compatriota, que fez uma má escolha ao pensar onde passar as suas férias, tudo se passou num país do terceiro mundo que não tem “Death Penalty” como pena máxima para o caso em apreço! Se o nosso patrício em vez de ir a Copacabana tivesse ido a uma da maravilhosas praias da China, ou então admirar as belezas de Xangai,a esta hora a família não estaria de certeza a chorar a sua horrível morte, e eu não estaria a escrever esta crónica, tudo porque neste país exótico, que rapidamente passou da idade média para a idade contemporânea, fruto das mais polémicas politicas e reformas adoptadas, aquilo que no mundo ocidental podemos designar como escória da sociedade, como aquela que abordou o Jovem Licenciado em Engenharia na “Cidade Maravilhosa”, a tolerância para tais casos é “Zero”, sendo como tal aplicado em resultado de tais ocorrências a “Justiça Sumária”, com julgamentos rápidos e “Sem Paninhos Quentes”, com a aplicação da “Death Penalty” pelo método da introdução de uma bala na nuca com um tiro de pistola, sendo, para que o “Estado Chinês” e o respectivo contribuinte não sejam prejudicados, posteriormente enviada a respectiva despesa do projéctil à correspondente família. Resultado, a China é um dos países mais seguros do mundo no que respeita à segurança dos turistas e casos como os de Copacabana não são notícia dos jornais.
Com esta defesa acérrima da atitude da justiça chinesa, até parece que sou obstinado apologista do “Capital Punishment”, para resolver os problemas da criminalidade seja no Brasil, em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo! Não, ditosamente até sou apologista e defensor dos direitos humanos e para além de ser um abolicionista, subscrevo que a aplicação da “Pena Capital” é um método bárbaro, próprio da época em que o homem ainda vivia na idade média. Acontece que hoje existem outros meios de aplicar a justiça sem recurso ao método chinês,só que, para os familiares de quem é vitima como o caso do Jovem Licenciado em Engenheiro, o método chinês faz crescer água na boca, ao ver o seu dilecto familiar a ser enterrado, enquanto o assassino do seu ente querido, em coincidindo, a esta hora, está de novo nas ruas, ou a deambular pelas praias de Copacabana em busca de uma nova vitima, para assim poder alimentar o seu vicio na coca, enquanto que tal na china não iria de certeza acontecer!
Pois é! Não há nada mais triste do que a tristeza e a liberdade tem coisas destas, mas por muito que custe aos meus amigos e aficionados defensores dos direitos humanos e abolicionistas da “Pena Capital”, enquanto estas as coisas se mantiverem assim, eu, pela minha parte, quando tiver que optar em ir de férias e preferir por que escolher, entre ir ao Brasil, espraiar-me nas areias de Copacabana, e ao deliciar-me com a miragem do fio dental das canarinhas, apanharem-me distraído para levar com uma facada nas costas, talvez prefira antes optar por ir a um destino mais pelos lados do oriente, como por exemplo um destino turístico chinês e acabar antes por ficar a admirar os lindos olhos das mulheres chinesas.
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José Ferreira Bomtempo
Caldas das Taipas 15 de Agosto de 2006
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