domingo, 3 de agosto de 2014
A dor que esta tarde aqueceste,
As mãos que nos olhos me viram,
O amor exato, vivo, que me deste,
O fogo onde sinto que partiram,
O horror de um amor que destruiu,
A fria quietude do meu quotidiano,
Que todo o meu ser consumiu,
É muito maior de que um tirano,
Falha aqui tudo o que amámos,
A perturbar a minha simples nostalgia,
O embalar das lágrimas que beijámos,
A pura
ressonância da alegria,
Nunca te esqueças
aquilo que passámos
Para terminar
tudo numa elegia,
© - 2014 – José
Ferreira Bomtempo
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