quinta-feira, 31 de julho de 2014

Conquistar Uma Donzela


No alvor da madrugada
De uma pensativa manhã,
Acariciando a sua face bela,
Desejo ter conquistada,
Sem me perder em jura vã,
Uma muito formosa donzela.

Portando as mais belas flores,
Junto com glosas para a prendar,
Compostas com doce ardor,
O símbolo de meus fervores,
Como estranho jeito de lhe dar,
O entender a força de trovador.

Com a ajuda de Cupido,
Falando-lhe sinceramente,
Irei dar-lhe doces carícias,
E sussurrar-lhe ao ouvido,
Todo o meu amor demente,
Sem quaisquer malícias,

Sem intenções ou espertezas,
Como vindo de uma campanha,
Onde tenha feito conquistas,
Utilizado as mais vis torpezas,
Servindo-me de artimanha,
Para poder dar nas vistas!

Oh! O amanhã como o anseio,
Para meu coração poder apaziguar,
Calmar meu vergão estroinado
E não me perca por um veio,
Onde vá febrilmente desaguar,
Meu leito endemoninhado!

© - 2014 – José Ferreira Bomtempo

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