domingo, 28 de setembro de 2014
Na violência do silêncio
partilhado,
O roçagar da tua respiração harmoniosa,
Faz-me vibrar o coração
armadilhado,
Quando desperto na manhã
ociosa.
Admiro do teu corpo os
contornos,
A meu lado tão formoso
deitado,
Descontraído, absorto a
olhar-nos,
Tua boca, cabelos, orelhas a
me ser dado.
Da minha razão disparam
loucuras,
De querer-te enlaçar,
abraçar, beijar,
No teu corpo escrever-te
travessuras,
Superando-me para em ti poder
entrar…
Mas se tudo não passou de um
sonho,
Um sonho que se esfumou na
realidade,
E se a realidade não passou
de um sonho,
Quando poderei então ter-te
de verdade?
© -
2014 – José Ferreira Bomtempo
sábado, 20 de setembro de 2014
Amor ardente
Desejo amar meu amor, com
amor ardente,
Com a coragem e a perseverança
perdida,
De quem cá longe onde o meu
amor ausente,
Vem subtil eclodir a
sabedoria adormecida,
Sentindo que estou mais
unido,
Amando-nos mais do que
quando,
Com todo o sofrimento punido,
Junto nos estávamos desligando,
A coragem de te ter longe
compensa,
Pois amando-te até à exaustão
tensa,
Aqueces e animas como o sol o
meu ser.
O que sinto por ti é amor, é
paixão,
Fazes-me sentir nas nuvens,
até mais não,
Como um clarão elevas meu
ego, meu querer!
© -
2014 – José Ferreira Bomtempo
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terça-feira, 9 de setembro de 2014
Desejo minha musa
Porque será que pelas manhãs,
Desperto em suores alvoroçado,
Com a dor de ansiedades vãs,
Como um insano apaixonado?
Passando o frio vento do fim
do dia,
Em que ávido de amor me
saciarei.
Apagando sôfrego toda a
nostalgia
De palavras cheias em que te
terei.
Provável como a indiferença
do sol
Que se escapa das nuvens ao
nascer,
Que todos os dias junta somas
ao rol,
Dos raios que meu corpo vai
aquecer.
Mal consigo esperar desses
dias o fim,
Muito menos a propósito de me
querer,
Do desejo de te desejar só
para mim,
O teu coração contra o meu a
bater.
No escuro recusando o amor em
vão,
Pela mão rigorosa da
indiferença,
Donde brotam os raios do chão,
Quando à minha roda tua presença,
Procurando nos prados o doce alvor,
Sussurrar-te que estou
apaixonado,
Sentir a pele do meu corpo em
ardor
Entregar-ta a minha alma
denodado,
A quem transmite uma grande
paixão
O dor de perder quem queria
de mim,
Aquela que me dá a sublime inspiração,
É para ti minha querida musa,
enfim!
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sábado, 6 de setembro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Mulheres e Beleza
Com o passar dos anos as mulheres podem perder alguma
da sua beleza física, aquilo a que vulgarmente poderíamos designar por “formosura
da juventude”, mas ganham outras qualidades, que não se medem pelos padrões
visuais convencionais, (que transmitem estranhas sensações ao nosso cérebro), mas
sim pelo toque dos sentidos, que não se vêm, mas se sentem quando nos tocam a
nossa “Alma”. Os espiritualistas dizem que o Criador fez a mulher como sendo o
arquétipo da beleza metafísica ou a sua faceta feminina, designada por “Shekhinah”.
Assim sendo, segundo os testemunhos dos metafísicos e esotéricos, Shekhinah é
a parte feminina de Deus, ou seja, como a palavra indica no Antigo Testamento, no
seu significado literal, trata-se do assentamento, da habitação ou da morada. Este
termo, (Shekhinah), é utilizado com frequência na Torah (o Antigo Testamento hebraico), podendo
ser consultado nos livros; Êxodo 40:35: a passagem “Moisés não podia entrar na
tenda da congregação, porquanto a nuvem permanecia [Shakhan] sobre ela, e a
glória do Senhor enchia o tabernáculo”. Pode-se consultar igualmente por
exemplo, a passagem pelo livro do Génesis 9:27, e Génesis 14:13, e pelos Salmos
37:3, Jeremias 33:16), bem como na bênção semanal do Shabat, recitada no Templo
de Jerusalém: “Ele, que faz com que o seu nome habite [Shochan] nesta Casa,
para habitar no meio de vocês o amor e fraternidade, paz e amizade”. Esta é a
verdadeira beleza feminina! Pouco mais tenho a acrescentar a tão belo quadro e
é por isso que me sinto um eterno apaixonado pelas mulheres!
© -
2014 – José Ferreira Bomtempo
Posted by Unknown at 06:04 0 comments
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Amor Querido
Neste mundo tão belo mas
também temível,
Quer queiras acreditar ou não
em meu devir,
Não existe qualquer outro
sentimento possível,
Nem encontro palavras que
possam exprimir,
O grande amor que no meu
sentir entra crível,
Me está aqui agora o fundo da
alma a reprimir!
Acredita com toda a minha
lealdade,
Penso que ando apaixonado
demais,
Não concebes quanto te quero
de verdade,
Tudo o que te amo não
enxergais,
Só tu és o meu néctar de
realidade,
Toda a minha razão de viver
aos ais!
Sinto-me perdido na minha
grande paixão,
Como se no mar alto estivesse
a naufragar!
Com toda a sinceridade, meu
amor do coração,
O meu afeto por ti inebria-me
o pensar,
É como o firmamento, entra-me
em cachão,
Soberbo e belo sente-se que
jamais irá terminar!
© -
2014 – José Ferreira Bomtempo
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quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Cobre-me de beijos
Se dizes que tens um grande
amor por mim,
Então apenas quero que me
cubras de beijos,
Beijos sem fim, mais outros e
outros assim,
Beija-me sem parar até te
faltarem os bafejos,
Em que te debatas de
tormentas presas,
De nossas bocas em delirantes
anseios,
Dormindo serenamente o sono
das sestas,
Vivendo apenas para mim sem
rodeios,
Em que possas amar-me sem
angústia,
Das recriminações das bocas
do mundo,
Que dure toda a vida em bela
acalmia,
Aplacando meu desejo murmurando…
No sussurrar do amanhecer de
nossos alvores,
Cobrindo-te de beijos
infindos sem clemência,
Nos crepúsculos do termo das
nossas tardes,
Prometo amar-te em toda a
minha existência,
Posted by Unknown at 20:27 0 comments
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Tenho medo de amar de medo
Desejo amar perdidamente,
Até o destino me frustrar,
Com este profundo sentimento,
Sentir todo corpo demente,
De me fazer por dentro
vibrar,
Querer gritar ao firmamento…
Sofro só de pensar,
Se de tanto te querer,
Um hipócrita traidor,
Vir, vilmente te perder,
Infamemente tomar,
Aquele que é meu lugar…
Tenho medo de amar,
O corpo da pessoa amada,
Possui-la e nela ter entrada,
E depois ter de a perder,
Para outro ignóbil rival,
Só porque não a mereço…
Tenho medo de te amar,
Medo de não poder já beijar-te,
Medo de não poder já abraçar-te,
Medo de não poder já querer-te,
De não poder ao teu sorriso
agradar,
De não poder ao teu amor
ceder!
Do amor tenho medo de ter
medo….
© - 2014 – José Ferreira Bomtempo
Posted by Unknown at 10:50 0 comments
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