sábado, 24 de janeiro de 2015
Amar, Dormir, Comer, Beber, Sonhar é um livro de leitura fundamental
para todos aqueles que desejam saber como funciona o nosso corpo e nele
descobrir que muitas das minhas teorias que aplico há muitos anos no meu
quotidiano para me sentir saudável e bem comigo tinham e têm muitos seguidores.
Alguns dos conselhos dados, já sabia, outros, descobri ao longo da leitura do
livro. Se existe um velho ditado que nos diz que “deitar cedo e cedo erguer dá
saúde e faz crescer” ou que “nos devemos deitar para dormir no mesmo dia em que
nos levantámos” para nos sentimos frescos e retemperados para enfrentar um dia
de trabalho e não entendemos porquê, este livro explicou-me cientificamente
porquê. Agora o que me surpreendeu, porque não tive necessidade de aplicar, já
que não sofro de tal doença, foi o que li no capítulo 11 – OS ARES NOTURNOS,
quando o relato da autora, na página 217 nos explica a descoberta
revolucionária para a cura do cancro. Começa a autora por explicar-nos que o
objetivo do tratamento do cancro é matar as células cancerosas sem matar as
células normais. Isso, já muitos de nós sabemos e não é novidade nenhuma, pois
muitos medicamentos anticancerígenos estão concebidos para destruir exclusivamente
células que se dividem rapidamente. Visto que as células cancerosas se
multiplicam a um ritmo mais rápido que as células normais de seis em seis ou de
doze em doze horas versus vinte e quatro horas, sofrem uma destruição
preferencial. Contudo, os medicamentos quimioterapêuticos são armas de fraca
precisão e atingem não apenas o alvo pretendido, mas também uma série de
espectadores inocentes, as células normais e saudáveis do corpo que têm a
infelicidade de também se multiplicarem rapidamente, como é o caso das células
da medula óssea, dos folículos do cabelo e das paredes do aparelho digestivo. É
isto que causa os efeitos secundários da terapia – a anemia, a perda de cabelo
e os transtornos gastrointestinais. A toxicidade destes medicamentos limita a quantidade
e a frequência da sua utilização. Ora é aqui que aparece a descoberta
revolucionária do Dr. Francis Lévi apresentado no encontro anual da “Society
for Research on Biological Rhythms” no qual nos diz que o momento em que os
doentes são sujeitos a um tratamento contra o cancro é pelo menos tão
importante como aquilo que lhes é administrado para determinar se o tratamento
será bem-sucedido ou perigosamente tóxico, pertence a um grupo crescente de investigadores.
Ora aqui é que está o cerne da questão. A maior parte dos doentes cancerosos
ainda recebe tratamento às horas mais convenientes para os funcionários dos
hospitais. Todavia um número crescente de estudos realizados tem vindo a
demonstrar que a administração dos medicamentos contra o cancro a horas
criteriosamente selecionadas do dia maximiza os seus efeitos terapêuticos e
minimiza os efeitos tóxicos secundários. E porquê? Porque a chave do problema
reside no entendimento das diferenças entre a sincronização da divisão celular
nas células cancerosas e nas células normais. Por exemplo, no caso do linfoma,
as células têm tendência a dividir-se entre as nove e as dez da noite. As
células das paredes intestinais cerca das sete da manhã e as da medula óssea
próximo do meio-dia. As células que revestem o interior dos intestinos
proliferam vinte e três vezes mais no decorrer do dia do que durante a noite.
Assim será razoável esperar que um agente quimioterapêutico que lese os
intestinos e a medula óssea seja menos tóxico e mais eficaz contra as células
cancerosas se for administrado no período noturno. Este e outros exemplos
aparecem descritos nesta obra. No entanto este livro não trata apenas de casos
de doenças e muito menos só do cancro, pois este não é o seu objetivo, mas sim
de muitos mais assuntos, como, a título de exemplo, na página 86, explicar-nos
porque os alimentos ricos em manteiga e azeite e outros tipos de gorduras são
capazes de reduzir a perceção da Dor, isso porque os cientistas suspeitam que o
efeito se fique a dever à chamada estimulação sensorial que pode ativar os
opióides naturais responsáveis pelo alivio da dor, ou mesmo que o uso do
chocolate produza o efeito mágico do mesmo método, desencadeando um impulso
químico no cérebro que nos proporciona bem-estar. A autora dá-nos o exemplo que
bebés nascidos de mulheres que consumiam chocolate diariamente durante a
gravidez eram considerados mais ativos, mais predispostos a sorrir, a rir e
menos receosos que os bebés de mães que não se entregavam a semelhante prazer.
Foi esta uma das razões por que no último Natal ofereci um exemplar à minha
filha como prenda, agora que ela vai dar em breve à luz um novo ser e que
espero seja saudável. Leiam pois esta obra fundamental para saberem como
funciona o nosso corpo durante as vinte e quatro horas do dia. Àqueles que o
quiserem ler, espero que mais tarde me possam dar a sua opinião, pois é um
livro fundamental para ser lido por todos os que gostam de se sentir saudáveis.
Posteriormente, conforme o vosso interesse, poderei retirar mais alguns
conselhos desta obra e apresentar aqui para que todos possam desfrutar.
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