LEVANTA-TE CONTRA A POBREZA
Aqui neste arrogante lugar observo de perto,
Com um profundo sentir no coração um aperto,
O meu irmão com a síndrome da pobreza,
Vivendo em sua fria tibieza,
Aquele que já não consegue lutar,
Por aquilo que lhe confere o direito,
De ter tanto como eu, um digno lar,
Porque as injustiças do mundo a preceito,
Lhe tiraram o que de direito era seu!
Com o suor no rosto exploram-no até mais não,
Sugam-lhe o sangue e tiram-lhe o pão da mão,
O remédio que lhe é devido a tanto como eu!
É tempo de dizer basta! Chega de tanta injustiça!
Mendigo desgraçado filho de Deus, má raça!
Pobre na bolsa, rico na mente, se já não o podes fazer,
Então exige aquilo que de direito é teu ter!
Porque nós hoje, amanhã e sempre, aqui deste lugar,
Saberemos com nossas almas em uníssono gritar,
Contra todas as injustiças do mundo!
Levanta-te e ri com bom sorrir profundo,
Com escárnio ri-te aos verdadeiros pobres,
Aqueles que se armam em novos-ricos,
Pois só tu poderás com as forças que te restam perenes,
Pela tua pobreza levantar-te e lutar aos desmandos,
Pois todos nós aqui estamos para te ajudar!
Autor
José António Paiva
Póvoa de Lanhoso, 17 de Outubro de 2007
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