PRAGMATISMO E DIALÉTICA
Blog para partilharmos aqui leituras e críticas de livros e autores.
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Estou farto, cansado e pleno,
De lutar sozinho nesta arena,
“- A que trocista chamo sorna”,
Procurando tentar ficar sereno!
Em busca do meu total direito,
Enquanto vivo neste remanso!
Com uma dor que dilacera o peito,
Exijo o que me pertence! O descanso!
Que males fiz a este mundo,
Para merecer um tal castigo,
De viver encerrado calado e mudo
E de não poder estar contigo?
Já é tempo de te dizer que chega!
Que é preciso cortar já as amarras,
A que insidiosamente te agarras,
E que venhas para junto de mim meiga,
Sorver todo o amor que te quero partilhar,
Aquele que porque nunca te enganei,
E que sabes plenamente sempre desejei,
Seja aqui ou noutro qualquer lugar!
Autor
José Ferreira Bomtempo
Sande (Vila Nova), 28 Outubro 2007
Nesta esquiva noite insidiosa,
Que sinto a volúpia da paixão,
Porque insistes voluptuosa,
Ao meu descanso a negação?
Porque persistes no desassossego,
Que me põe injustamente acordado,
E me retira do doce aconchego,
Em que pretendo ficar descansado?
Sim! Agora isso já eu entendi!
É o desejo de querer senti-la,
Aqui ao meu lado poder gozá-la!
Só que ainda, bem, não percebi,
Porque pretendes meu descanso tirar,
Se aquilo porque desaforado aspiro,
Com todas as forças do meu suspiro,
É tão e apenas simplesmente poder amar?
Autor
José Ferreira Bomtempo
Sande (Vila Nova), 28 Outubro 2007
Sozinho neste meu singelo quarto,
Acordo por mais uma vez atroado,
E como de costume não fico admirado,
Ao ver que para a cinco falta um quarto.
Porque hei-de sempre acordar,
Com esta estranha sensação,
Do tempo de mim a motejar,
Sem perceber qual a intenção?
Sinto que acordei todo ensopado.
Por cima o suor da transpiração,
Mas por baixo o outro molhado,
Resultou de uma outra sensação!
Depois de um melhor despertar,
Apercebo-me então que o sucedido,
Não só foi a falta de não ter a quem amar,
Bem como uma lasciva partida de Cupido!
Autor
José Ferreira Bomtempo
Sande (Vila Nova), 28 Outubro 2007
Ganância
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Oh vil! Quereis na luxúria viver,
Na busca do lucro fácil guloso,
Toldado pela cegueira ganancioso,
Para ostentar falso prazer!
Vender a teus amigos hipócritas,
Os conhecimentos com sofrer obtidos,
Que te deram os ocultos segredos,
Das cordas, correntes e grilhetas,
Com que um dia te virão,
Derrotar-te e pôr-te em amarras,
Em figura de untuosa traição,
Cobrando-te o retorno com a mão,
Torturando-te até que desfaleças
Fazendo-o com juros de vilão!
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Taipas, 30 de Abril de 2006
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Ato de amor
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Seu rosto procuro,
Na noite quente,
No leito a tomo,
Seus lábios quentes,
De seu rosto a alvura.
Sua boca um desejo,
Seus lábios lhe beijo,
Seus lóbulos mordisco,
Em sua orelhas arrisco,
Um sussurro lendo.
Seu nariz acaricio,
Seu rosto macio,
Seus seios percorro,
Em busca de socorro,
Túmidos lhes tateio.
Em suas mãos vagueio,
Meus dedos desnudos,
Entre eles enlaceio,
Meus ouvidos surdos,
Meus lábios mudos.
Meu mango tenso,
Seu vulcão busco,
Em sua toca denso,
Penetro escondo,
A fonte do Graal busco.
O Sémen verter
No cálice sagrado,
O mango espreme,
O suco recolhe,
Com todo o prazer.
A me ser dado,
Até ficar prostrado,
Para ser gerado,
A flor do amor,
O fruto a crescer.
No seu alvor,
O fruto colher,
Do vente sagrado,
O pomo do amor,
O filho desejado.
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Caldas das Taipas, 26 Fevereiro
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FLORES PARA O MEU Amor
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No ramo vão rosas meu amor,
Que são flores do meu coração,
Os cravos não quis por,
Que esses são símbolo de revolução.
Com estas flores meu amor,
Quero-te neste dia presentear,
É assim com todo o meu ardor,
Que meu benquisto desejo deleitar.
Desta forma, esta bela jornada,
Do nosso dia dos namorados,
Na minha memória eternamente ficará guardada,
Amo-te muito do fundo meu sentir,
Amo-te tanto, tanto, que não imaginas,
Até onde iria só para ti me unir!
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Taipas, 08 Fevereiro 2006
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À minha filha querida
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É Verónica de seu nome, o da santa seu uso abdica
Tão bela e tão querida quanto seu titulo indica
Minha filha do coração, mais que tudo benquista
Do seu muito amado papá é uma conquista.
Seu muito esbelto corpo de vinte age,
Veste bem o quanto pode e a bolsa permitem
Sabe fazer nas faces o rouge em bela visage
As sombras seus lindos olhos a beleza transmitem.
Ao divisar suas recordações, seu nariz arrebitado,
Seus seios abaixo justo vestir, túmidos,
Logo me deixa ansioso, o coração arrebatado.
Faz-me com grande nostalgia rememorar,
Velhos tempos, anos longamente vividos passados,
Em que sua mãe, minha adorada soube amar!
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Alcanena, 11 Fevereiro 2006
Amor ardente
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Cá longe onde o meu amor ausente,
Vem subtil eclodir a sabedoria adormecida
Com coragem e perseverança perdida.
Sentindo que estando mais unido,
Amamos mais do que quando,
Junto estávamos desunindo,
Com todo o sofrimento punido,
A coragem de te ter longe compensa,
Aquece e anima como o sol o meu ser,
Amando-te até á exaustão tensa,
O que sinto por ti é amor, paixão,
Eleva meu ego, meu Ser
Faz-me sentir nas nuvens, até mais não!
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Caldas das Taipas, 12 Fevereiro 2006
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Amar é bom
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Amar é bom, mesmo quando aferimos,
Que apesar de estarmos longe da visão,
Sentimos que a pessoa benquista,
Bate como uma só no nosso coração!
Estar longe é duro e faz doer,
Quando arredado do nosso olhar,
Se tem o ente dilecto aquém sem o ver,
A sofrer sem o poder contemplar!
Porque quando amamos profundamente,
O ente amado, longe do sentimento,
Temos que o carpir lamentavelmente?
Injustiça! Não posso aceitar tal punição!
O amor é uma coisa bela e junto à minha amada,
Para sempre me quero sentir em união!
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Taipas, 05 Fevereiro 2006
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Sexo é bem bom
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Sexo é bom, bem, bom!
Se for com amor é muito melhor!
Se for vaginal é mais que puro,
Se for oral é genuinamente frontal,
Se for anal é eroticamente duro,
Se for de missionário é legal,
Se for óptimo é porque é sem dor!
Se agora ao teu lado aí estivesse,
Comia-te em pleno integral até que estacasse,
Unido a ti num único Ente em êxtase e junção!
Amo-te desde sempre, até à exaustão,
Amo-te tanto, tanto, que, quer creias, quer não,
Se pudesse, ficava para sempre a ti ligado,
Como um único ser de luz, em estado de fusão!
A ti abraçando-te, enlaçava-me em união,
Para a nossa orgia de amor alimentar,
Como uma chama ardente de paixão,
Os orgasmos intrépidos e constantes augurar,
O coração no peito bater em fulgor,
A energia todo o corpo percorrer num estertor,
De um profundo sentimento de ardor.
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Taipas, 05 Fevereiro 2006
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São Valentim
São Valentim Santo Celeste patrocinador,
Dos enamorados os humanos o proclamaram,
Para os apaixonados evocarem seu amor,
Mártires para sempre ao pedestal o levantaram
Todos os dias me lembro do meu amor,
Não preciso de Santo protector para mo lembrar,
Mas se existe um dia santo, tanto melhor,
Porque assim vou com minha amada comemorar.
Com todo o amor do fundo do meu ser,
Meu venerando benquisto vou prendar,
Para que assim para sempre a possa ter!
Quando profundamente a puder beijar,
Seu amor com sofreguidão vou sorver,
Bem juntinho a mim de amor a suspirar!
Autor
José Ferreira Bomtempo
Caldas das Taipas, 14 Fevereiro 2006
Entre homens e mulheres a paz,
Só de conciliação se faz!
Não queremos mais lutas,
Por mais que possam ser justas!
Paz e justiça entre humanos,
Ganha-se, perde-se em Tribunal,
Senão jamais poderemos amar-nos,
Ou tudo morrerá num chavascal!
Porque em vez de bombas,
Em estultos coletes suicidas,
Não oferecer antes pombas?
Porque não as mais belas flores,
Com todo o amor dadas,
Sinal da paz dos contendores?
Autor
José Ferreira Bomtempo
Caldas de Vizela, 05 Janeiro 2007
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A ASCENSÃO DAS GRANDES MULHERES E HOMENS DA HISTÓRIA
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Das grandes mulheres e homens contam as memórias,
Que todos iniciaram por morder o pó na sua ascensão,
O que o diabo amassou para comer o pão!
Para darem valor na vida às coisas boas,
Na alma tiveram de sentir as traições pérfidas.
Para atingirem o cume da consideração,
Fizeram-no bem duro sua ousadia pagando!
Começaram pelo sopé a encosta subir,
Com toda a destreza do pulso,
As dores a flagelarem o coração!
Com o suor do rosto a gotejar,
As lágrimas no seu semblante pingar!
No âmago duramente sentindo,
Que quanto mais sofrida a jornada,
Mais aprazível a sua chegada.
Existe porém um senão!
Se for para batatas descascar,
O chão andar a varrer,
O pó com a mão limpar,
Então não vale tristeza ter!
Porque é um inútil perder,
Andar com tanto pecúlio a investir,
Em pomposos cursos de formação,
Já que muitos engenhos existem,
Para o trabalho das servas fazer!
Tudo não passa de uma ilusão,
Uma mera perda de tempo.
Um desperdiçar de preciosos fundos!
Uma pertença tão preciosa,
Que de todos nós património são!
Infelizmente continuamos a ser
As mesmas trampas de sempre!
Insistimos nos mesmos erros continuamente,
Somos uns presunçosos preguiçosos,
Carregados de invejosos intentos!
E se assim continuarmos a persistir,
Com uma tal mentalidade pacóvia,
Carregada de estultos ciúmes,
Não poderemos nunca jamais atingir
Alguma vez nesta geração,
A dos filhos nossos queridos
A dos netos que se seguem,
A daqueles que mais amamos,
Nunca jamais lá chegaremos
À meta dos que nos estão adiante!
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Taipas, 06 de Fevereiro 2006
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Conselho Matrimonial
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Uma paciente começa a consulta abordando o terapeuta com um assunto que a preocupa demasiado:
- Sr. Doutor, tem que fazer alguma coisa! Sinto-me muito infeliz no meu casamento! É que o meu marido é um molengão, um fracote. Não me consegue dar plena satisfação! O meu maior desejo era que ele tivesse a força de um touro!
- Com que então a senhora quer transformá-lo num TOURO?
- Sim, Sr. Doutor. É esse o meu maior desejo! Que ele se transforme num verdadeiro TOURO!
- Muito bem! Então vamos a isso! Comece por se despir e deite-se na marquesa! Ponha-se a jeito e quando estiver pronta faça o favor de dizer!
- Como? Eu na marquesa? Mas o doente é o meu marido!
- Sim! O doente é o seu marido, mas a cura dele passa necessariamente por si!
- Como assim? Não estou a entender!
- Olhe minha senhora, fique sabendo que pelo que sabe, eu é que sou o médico! Portanto, se quer ver o seu problema resolvido e transformar o seu marido num verdadeiro touro, teremos de começar necessariamente pelos cornos...
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Adaptado por José Ferreira Bomtempo
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Da anedota do dia do portal:
“HUMOR ILIMITADO”
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O gato e o rato no mundo global
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Neste mundo global um rato encontra-se sitiado na sua toca por um gatão esperto e bem conhecedor das novas tecnologias.
Enquanto o senhor gato, de sentinela, espera que o senhor rato bloqueado, se decida a sair do seu lugar para poder matar a forme, procura como uma manobra de diversão, engodá-lo com um esquema inovador, miando, miando.
-MIAU, MIAU, MIAU.
O tempo vai passando e o senhor rato vai ouvindo o senhor gato miando, miando.
-MIAU, MIAU, MIAU.
Passadas várias horas e já com muita fome o senhor rato pareceu-lhe ouvir em vez de miar,
-AU! AU! AU!
Então o senhor rato apurou o ouvido e o que lhe parecia passou a ser uma certeza. Já não há mais mios, agora são isso sim latidos.
-AU! AU! AU!
Então rapidamente deduziu:
- Ora se quem faz AU, AU; AU, não é gato, então é porque agora em vez de gato há é cão lá fora!
A fome era tanta, tanta, que nem deu tempo para o senhor rato raciocinar de outra forma:
-Isto de eu estar a ouvir ladrar, quer dizer com toda a certeza que o senhor gato se foi embora!
Perante uma tal situação, em desespero de causa o senhor rato saiu disparado da sua toca em busca de comida!
Mal tinha dado duas passadas fora do local em que se encontrava e logo o senhor gato “NHAC”!
Inconformado, o senhor rato, a exalar um último suspiro, já na boca do senhor gato ainda teve forças para perguntar:
-Porra senhor gato! Mas que merda vem a ser esta? Já não há dignidade na sua pessoa? Então agora faz de cão?
Ao que o senhor gato de imediato respondeu, sem abrir a boca e entre dentes:
-Pois é meu sonso, neste mundo globalizado de hoje, quem não sabe falar correctamente pelo menos duas línguas acaba por morrer à fome!
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Adaptado por José Ferreira Bomtempo,
Caldas de Vizela
Janeiro de 2007
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Tempo perdido
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Apesar de muito pouco afeiçoado com ele,
Tenho que aprender a amar o tempo dado!
Sem entender o tempo que me prende nele,
Demente, acordo perdidamente atroado,
Os relógios seus subservientes servos,
De mim motejam no seu lendo marchar,
Não passando de simples instrumentos,
Indispõem-me, fazendo-me sentir estroinar.
E por muito que me possa custar,
No nosso depressivo tempo perdido,
Obrigam-me a ter que me esforçar!
Sendo correr um mal necessário,
A nossa civilização de pecúlio ganhar,
Faz-me sentir cada vez mais um perdulário!
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Autor
José Ferreira Bomtempo
Caldas das Taipas, 12 Fevereiro 2006
Encostas, ao sol expostas!
Calor quieto e penetrante!
Fonte de energia.
Pedras colocadas ao acaso,
Plantadas por Ti, Sol da Eternidade!
Reivindico
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Em comboios lentos da nossa existência
Percorremos o país, gastando tempos irrecuperáveis!
Avançamos, passo a passo, pensando que vamos depressa.
Consciência preguiçosa e malhada,
Entreaberta de alguns lagos tranquilos e parados.
Seres vivos amargurados pela lentidão do crescimento,
Assim, vamos sempre na cauda à espera da evolução!
Todos os anos os ventos chegam!
Para irritarem as nossas vidas adormecidas!
Mente farta de quietude…
Vontade de movimento,
Roda que inicia o seu andamento!
Sabes quem sou?... Não sei!
Frio incomodativo da tua imaginação!
__________________
Dura persistência,
Por vezes temida,
Na tua teimosia,
De responder à vida!
Ter a cara lavada,
E não ter medo de nada…
Enfrentar a vida,
Aguardar a parada!
*********************
renascer
___________________
espreguiça a preguiça do teu corpo
mente parada, à procura de acordar.
Na lentidão dos movimentos,
O nascer dos pensamentos!
*********************
AUtora
Amélia Macedo
Vizela, 11 Janeiro 2007
*********************S.Martinho
Anunciaram cá na escola,
A “Festa do Magusto”,
Fui varejar alguns castanheiros,
Durante dois dias inteiros.
Foi trabalho de muito custo,
Mas, sabia que valia a pena,
Com os meus companheiros.
Vale sempre a pena…
S. Martinho, abençoado,
Vivo o teu dia com carinho,
Salto sobre a fogueira, até ficar cansado,
Só para provar o novo vinho.
Da terça – feira, com o luar,
Numa escola a conviver,
Castanhas vão assar,
O vinho vão beber.
***********************************
Rui, 11º A
Escola Secundária Caldas de Vizela
***********************************
Ode AO AMOR
***************************************
Oh! O amor! Que estranho arrebatamento,
Com que o criador nos obsequiou!
Qual foi o tão grande fundamento,
Que tão surpreendente sentimento criou?
Contam as fábulas nas suas gestas,
Que Cupido ao homem armadilhou,
Com suas enfeitiçadas setas,
O homem à mulher aprisionou!
Oh! Quando pelo amor fico aprisionado,
Sinto-me totalmente desfalecer,
Se ao meu benquisto ficar agarrado!
Fulminas-me com todo o teu ser,
Com toda a tua força fico cativado,
Na profundeza do meu apreender!
***************************************
Autor
José Ferreira Bomtempo
Caldas das Taipas, 27 de Março de 2006
***************************************
Ode à mulher
__________________________
Oh, que lindo e belo ser,
Que a natureza nos prendou,
Quem foi o grande Ser,
Que tão esbelta criatura criou?
Conta a história nos seus anais,
Que foi o Divino quem o homem criou,
Depois de criar todos os demais,
Do homem a mulher lhe retirou!
Oh, não imaginais como perturbas meu ser,
Quando com teus doces olhos me mirais,
Fulminas-me como fosse desfalecer!
Da profundeza do meu entender,
Com toda a minha força até jamais,
Quero-te sentir, inspirar, absorver!
**************************************
Autor
José Ferreira Bomtempo
Caldas das Taipas, 25 Fevereiro 2006
**************************************
Daniel, economista, professor universitário, meia idade, sempre ocupado e cheio de pressa, com a agenda de trabalhos altamente preenchida de compromissos a que muitas vezes não encontra resposta porque os tem, um belo dia quando se dirige ansiosamente ao volante da sua viatura em direcção à faculdade, a fim de ocupar o seu tempo em mais uma jornada lectiva, envolve-se num brutal acidente de viação, que o vai atirar para uma nova realidade, até aí completamente desconhecida e na qual se vê confrontado a dialogar com o seu avô Augusto, que o põe ao corrente do sucedido, sendo sua missão esclarecê-lo das dúvidas que o assaltam em tão angustiante momento da sua vida.
Perante uma pertinente tomada de decisão, quase que imposta pela intempestiva visita do seu familiar, já desaparecido do reino dos vivos, o protagonista desta aventura, é catapultado para uma dimensão metafísica e transcendental, onde irá viver algo de novo e que nunca esperaria, envolvendo-se com estranhos personagens, que, quem sabe, não só povoam o estranho mundo dos sonhos, mas também aquele mundo sórdido, que almejamos vir a encontrar um dia, quando, todos sem excepção, tivermos de fenecer e partir desta realidade, que agora estamos a viver.
António Ferreira, economista, professor do ensino secundário, meia idade, depois de alguns trambolhões na vida, resultado de uma vida empresarial mal sucedida, decide, para acabar os restantes anos que lhe faltam para a sua aposentação, concorrer a professor do ensino secundário a fim de exercer actividade lectiva em qualquer escola do país.
Aconteceu-lhe na sorte do concurso ser colocado a mais de trezentos quilómetros do local em que habitualmente residia. Perante uma situação daquelas de no futuro ter de se separar da família e de decidir qual o caminho a tomar, António que se encontrava afastado da arte de ensinar há já alguns anos, acaba por tomar posse do cargo que vai exercer o melhor que sabe e pode, deparando nas escolas em que é colocado, com toda a espécie de relações humanas, umas afectivas e de aproximação, outras de rejeição encapotada, atitudes que acaba por descobrir serem próprias e inerentes a uma profissão em que pululam, contrariando o que pensa a generalidade dos cidadãos deste país, grandes pensamentos e discussão de ideias, tendo em conta a quantidade de intelectuais que em tal meio exercem o seu mester de ensinar.
Pela leitura deste romance de pura ficção, em parte baseada em factos reais da vida do autor, deseja-se que o leitor consiga melhor compreender o que é ser-se professor do ensino secundário e ensinar numa escola pública no principio do século XXI, bem como entender o que é ser-se alvo de tudo e mais alguma coisa no princípio da entrada em vigor de um novo estatuto da carreira docente, e como tal, encontrar resposta às muitas dúvidas, que por vezes nos assaltam o pensamento, de querer saber afinal o que é que andam a fazer os Senhores Professores para instruírem os Nossos Filhos no Ensino Oficial?